sábado, 7 de maio de 2022

TE QUERO

 


Te quero desse jeito moleque

Teu modo criança

Teu corpo mulher

Quero teu prazer

Sentir teu corpo em meus braços

Transportando-me a mundo irreal

Tua vontade depende basicamente da minha

Nossas ânsias são reciprocas

Tuas lágrimas me comovem

e, quando estiveres assim

Não hesite: tens meu ombro

Não é egoísmo, é apenas amor o que sinto

Pode ser loucuta tudo isso

Mas, pouco importa; se me aceitas como sou

Nossos momentos são lindos

Sinto-me seguro a teu lado

Dizer que te amo nunca será cedo

JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Quase Poesias

 

Caros leitores ao acessarem este link, serão direcionados para uma leitura agradável do meu primeiro e-book: QUASE POESIAS

https://www.recantodasletras.com.br/autores/jotade

https://www.recantodasletras.com.br/escrivaninha/ebooks/index.php

Inicio

AS ESTUDANTES

Ah!... Essas estudantes de agora
tão diferentes de outrora
mochilas de livros nos braços
não mais o andar juvenil
livros no peito cobrindo o regaço

apertadas em calças de brim
tênis da moda, saltitantes
lábios carnudos em rubro carmim
despertando a libido dos passantes

Caras Pintadas, em marcha
evolução sensual
com charme clamam justiça
buscando um ideal

Meninas, lindas meninas
Femininas e atuais
em sintonia com seu tempo
sem documentos, ao vento


JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES

Fim

AMÈLIA *(Baseado numa estória real)

AMÈLIA *
*(Baseado numa estória real)

Quando Amélia desfaleceu
Estava de porre a cantar
Riu duma puta no breu
Riu doutra puta do lar

No talho em que feneceu
Sangrou-se toda a chorar
Queria fugir ao léu
Queria sair do  ar

Num desatino seu
Em espasmos a vomitar
“Foi tudo pro beleléu”
Gritava o dono o bar

A polícia que lá ocorreu
Viram o pulso sem latejar
Amélia coberta com véu
E o corpo no chão do bar

JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES


E mais 32 poesias entre as duas. É uma fase de estudos a fim de ter uma estimativa para a tiragem de exemplares impressos.

OBRIGADO







segunda-feira, 5 de abril de 2021

Restaurante Universitário






Restaurante Universitário 


Enquanto uns bebem suco

Em suas garrafas ricas

Outros bebem um pouco

Da agua que sobrou da bica


Enquanto uns com mochilas de grife

Furam a fila de forma descarada

E sob o arroz escondem o bife

Outros aproveitam o resto da salada


Enquanto uns discutem cálculo

Outros pragmática e semântica

Uma riponga consulta o oráculo


Geologia, historia e física quântica 

Cães famintos latem no infernáculo

Sem rostos faxinam de forma lacônica

João de Deus Vieira Alves


domingo, 1 de novembro de 2020

La Niña de las Rosas

 



                                                   Rosa,  era su nombre

rosas, vendia

Rosa, espinhaba compásion

Pásion, por rosas habia

y Rosa sonria, entonces


Rosa, en las manos traía
callos, espiños, lágrimas y rosas

hasta, Rosa que vendia rosas
ni siquiera una rosa era, era un capullo

Cara sucia, roupa hecho jirones
hermosa, sufrida

                                                   Muchacha Rosa , Niña Rosa 








terça-feira, 13 de outubro de 2020

DETALHE






   Sábado à tarde, o desencontro...Casual?. Não era hora, nem lugar apropriado. Sempre fora assim! Tudo era questão de detalhe .O que ele gostava, ela combatia. Desprezavam as considerações sobre felicidade. O que restou?
    Refugiado dentro do carro, a música deixando a imaginação fluir , o para-brisa, tornou-se um enorme telão, onde suas vidas passaram em vídeo-tape. Os grosso pingos da chuva batendo no rosto vítreo, eram teclas martelando a máquina da memória.
     Não haverá outro pôr-do-sol mais sincero, nem crepúsculo tão intimo, seus nomes ficarão gravados para sempre, na pedra que não terminará com o tempo.
     Tinham tudo para dar certo. E, mais uma vez foi por detalhe, Desta vez, jura que não chorou. O peito amargurado, mais uma mágoa  guardada, surgindo rugas no rosto.
   Duvidaram do fim, zombaram do destino. O tempo era eterno e infelizmente o amor não sabia. Pois na pressa de se pertencerem esqueceram dele no escuro e úmido quarto do egoísmo possessivo. 
      A queria sem medo, mas donde tirar segurança. O reencontro será fatal para ambos. Tudo virá a tona...amar-se-ão. Faltará o detalhe Principal, a aceitação mútua.

AUSÊNCIA




Ausentou-se das belas manhãs, das noites frias e chuvosas.
Ausentou-se no vento cálido, no mar revolto e cinza. 
Viveu, livre entre correntes. 
Correu, voou e fez casa nas nuvens, entrou em discórdia com os anjos, devido sua irreverência própria. 
No caminho fatal, vias tortuosas traçadas pelo destino, a fibra rompeu-se no ferro e pneus assassinos, na eterna luta contra o tempo.
 O ar pesado e carregado de presságios, expressões de cansaço e desânimo, otimismo não é possível, todos os rostos estão sisudos, hoje estamos mais amargurados  do que nunca.
 As alegrias na vida são nuvens, elas passam.
 A única certeza é a saudade, esta amante faminta e desumana, de boca aberta e unhas afiadas rasgando o peito.
Renascerás a cada dia, no sal da viúva lágrima que jorra do peito jovem, na brisa leve varrendo sonhos quebrados, nas folhas secas que vagam pelas ruas desertas.

Cara, precisamos ser fortes, para aturarmos o que se passou, temos  que ser humildes para suportar o que ficou. 
A música embalará os sonhos, pedras rolarão no bloqueio do marasmo, pressão no peito, grito rachado.

Podemos fugir, mas não queremos, preferimos ficar e tomar o cálice amargo da vida.
 O nó da garganta é sufocante. Um,dois,três... Mil dias! Quanto tempo temos? A vida passa depressa. O que está reservado para cada um não se pode fugir, nem olhar com receio.

O corpo pousado na campa fria sumirá com o tempo, pois é matéria simplesmente, o espírito elevar-se-á aos céus em busca de luz.
 No caminho existem pedras pontiagudas, a serem transpostas com sangue e lágrimas.

Mesmo sabendo que o fim do túnel é próximo , a vitória e vã e utópica.
 O escuro do medo nos apavora, quando visto no espelho da nudez diária, choramos o tempo perdido em busca  do nada.

Sorria, pessoa, agora estás vivendo.
JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES
Enviado por JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES em 11/05/2006

sábado, 19 de setembro de 2020

Senhores da Guerra

 AUTOR: JOÃO DE DEUS VIEIRA ALVES

DECLAMADOR: JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA

AMADRINHADORES: EDIANE MARCOLIN VICENZI, LUANA VICENZI DE OLIVEIRA, VITOR GASPERIN


Senhores da Guerra


 


A espada geme, brame , risca o ar

Certeiro golpe, dando cabo a contenda

Inimigo prostrado ,vencido, entregue

Num átimo a terra treme, um raio ilumina o campo

A taquara é aço forjado , chocam-se em estrondo

Um Capitão ,dragonas e cavalo branco

Um Lanceiro, pés descalços e torso nu



Mama África...


cativos em diversas nas aldeias,

fila indiana, presos ao libambo ,

atados pelo pescoço a outros infelizes

gargantas abertas para medo aos demais

carregavam sacos com pedras e areia,

aumentando a resistência e o suplicio,

misera ração, fumo e aguardente,

batizados temem um Deus que não o  seu.


Capadócia...


Jorge nasce, guerreiro,capitão,conde

Em nome da fé venceu a injustiça

Sofreu o flagelo e não sucumbiu

Diocleciano Imperador sanguinário

Torturou ,imolou e decapitou

Morre o homem ,nasce o mito



Terra Brasilis...


Índios preferem a cruz à espada

Negros, cicatrizes no corpo e alma

Mãos carcomidas no sal das charqueadas

Mesma cor, falares diferentes, igual destinos,

Nus, cabelos raspados, sem água e comida.


Nos casebres de beira estrada

Nos edifícios das metrópoles

Igrejas, templos, terreiros

Imagem defronte a porta

Coité, alguidar e guias

O dragão submisso morto

Franjas de palmeiras desfiadas


Clarinadas , tropel desenfreado

O andor sangra os ombros

Agogô, Akpossi, Ogidam e Kelé

Ferreiros, soldados, caçadores

Bandeira, verde e vermelha

Sincrônica mescla de fé


O mar que os trouxe

Não é o mesmo

Uns cativos , temerosos

Outros, senhores, confiantes

Cruz e espada, coités e okutá

Alva pele, escura alma

Banzo, suicido, loucura


Traição, acertos, beberagem

Generais em conluio

Sete canhões

Vinte um lanceiros ,peito aberto


O clarão ilumina o campo

Lua azul do mês de Novembro


Jorge a cavalo

Defende o império

Ogum a pé

É mais um Lanceiro


O entrechoque de espada lança

O sincronismo é forjado


E juntos estão de ronda

Vencendo demandas e batalhas

Salve Jorge Guerreiro

Ogum ê , Orixá da Guerra