sexta-feira, 12 de julho de 2019

Bairro Bom Fim - Anos 80 - Porto Alegre

Com a devida vênia de Gregório de Matos





Descrevo que era realmente Naquele Tempo o Bairro Bom Fim



 Em cada arbusto um enorme puteiro

 Onde se esgueiram mano e maninha

 Nos rostos, ruge, lágrimas e covinha     

 E trocam o corpo pelo vil dinheiro


 Em cada banco um gigolô faceiro

 Que vigiam o putinho e a putinha

 Sodomiza, chupa, deita, é bonequinha

 No Auditório e no imundo banheiro



 Muitos  "punks"  despudorados

 Chutados por homens fardados

 Sangram a perda de um rim

                                                                        

 Ocidente e Scaler de boêmios lotados

 O Fedor e Baltimore continuam fechados

 Dói no peito o velho Bonfim