sábado, 9 de maio de 2020

MÃE - A FORÇA

Resultado de imagem para silhuetas de mãe e filho | Silhueta, Mae ...



Jovem menina-mulher
cristal arranhado na pureza
foi por amor
desejado ou não, esperado ou não
mas foi, eu sei

Iludida com casamento
falsas promessas, futuro garantido
Tudo em vão...
a roupa caiu aos poucos
o medo se desfez com o álcool

O prazer foi intenso
o amor de minutos, eterno
o seu corpo desfrutado ao máximo
sua inocência arrebatada
a cabeça girando em círculos
um grito. O fim! 

Ele sumiu com o pôr-do-sol
o fruto em seu ventre amadureceu
criou forma e exigiu participação
entre pílulas e abortivos lutou
e a contragosto nasceu

Queres doá-lo, mas não podes
Choraste junto com ele
trabalhas para manter ambos
e, surpresa, as vezes ri
Então, é por isto que estás aqui?
Força Mulher
Lute! O mundo é de vocês
                                                                         Saúde!  

sexta-feira, 8 de maio de 2020

CAPACETAÇO

Certa feita, nos idos de antigamente, o Cb João de Deus Almeida Alves  “Feijão”, no 2º Regimento Policia Rural Montada, na cidade de  Santana do Livramento, estava de serviço de Patrulha na Zona do Meretrício perto do Prado, quando foi chamado para deter um elemento que estava aparando rodeio no Cabaré da Maria Gorda.
Ao adentrar no recinto para prender o meliante, este se vendo acuado, pulou a janela, ombreando madeira e se mandou a la cria, em desabalada carreira.
O cabo veio usando, o meio da fortuna que dispunha no momento, usando a técnica Policial Militar, jogou o capacete contra as pedras da calçada, causando com isso um som característico, como se fosse um disparo de arma de fogo.
O marginal todo borrado, com as calças cheias, o mijo escorrendo perna abaixo e tremendo que nem vara verde exclamou:
_ Por piedade, não atire mais, “seu pulicia”, que já tô ferido.

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Urbanus –Viadutos e Palácios





Pão e vinho, te darei
Um teto, um chão
Te amarei e cuidarei


Pão e vinho, te darei
Uma mesa posta, um vaso de flores
Te cobrirei e acalantarei


Pão e vinho, te darei
Uns filhos, uns cães
Te beijarei e transarei


Pão e vinho, te darei
Uma calçada, uma sarjeta
Te espancarei e matarei
                     

João de Deus Vieira Alves



domingo, 3 de maio de 2020

Sargento Getúlio, uma personagem no mundo em busca de razões.


          

















            Sargento Getúlio, uma personagem no mundo em busca de razões.

Ser ou não ser – eis a questão
.................................................
A que a carne é sujeita. Morrer-dormir
Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo.

Hamlet

Levo ou não levo, é isso.
........................................
Morrer é como dormir e dormindo é quando
a gente termina as consumições,
Por isso é que a gente sempre quer dormir.

Sargento Getúlio




O presente artigo visa traçar o perfil da personagem Sargento Getúlio de João Ubaldo Ribeiro, através da pesquisa do ambiente em que se passa a estória, o espaço narrativo, discutindo as razões lógicas e os conflitos internos e externos da personagem, a (des)humanização, reforçando a ideia do personagem narrador e os motivos de suas ações.
A consulta bibliográfica nos permiti revisitar a intertextualidade e similitude de Getúlio a outros personagens da ficção. Para tanto buscaremos conceituação no que vem a ser A Personagem de Ficção
“ O Homo fictus é e não é equivalente ao Homo Sapiens,pois vive segundo as mesmas linhas de ação e sensibilidade, mas numa proporção diferente e conforme avaliação também diferente. Come e dorme pouco, por exemplo; mas vive muito mais intensamente certas relações humanas, sobretudo as amorosas. Do ponto de vista do leitor, a importância está na possibilidade de ser ele conhecido muito mais cabalmente, pois enquanto só conhecemos o nosso próximo do exterior, o romancista nos leva para dentro da personagem, “ porque o seu criador e narrador são a mesma pessoa” (Ob.cit.,p.55)
Neste ponto tocamos numa das funções capitais da ficção, que é a de nos dar conhecimento mais completo, mais coerente do que o conhecimento decepcionante e fragmentário que temos dos seres. “

Forster reconhece e aborda de maneira difusa, sem formulação clara, e é o seguinte: a personagem deve dar a impressão de que vive,de que é como um ser vivo. Para tanto deve lembrar um ser vivo, isto é, manter certas relações com a realidade do mundo, participando de um universo de ação e de sensibilidade que se possa equiparar ao que conhecemos na vida.
Baseado nestas considerações, Mauriac propõe uma classificação de personagens, levando em conta o grau de afastamento em relação ao ponto de partida na realidade, para efeito deste artigo, a análise será feita em relação à personagem inventada.
Inventadas, a partir de um trabalho de tipo especial sobre a realidade. É o caso dele, Mauriac, segundo declara, pois nele a realidade é apenas um dado inicial, servindo para concretizar virtualidades imaginadas. Na sua obra (diz ele) há uma relação inversamente proporcional entre a fidelidade ao real e o grau de elaboração. As personagens secundárias, esta são na sua obra, copiadas de seres existentes.
É curioso observar que Mauriac admite a existência de personagens reproduzidas fielmente da realidade, seja mediante projeção do mundo íntimo do escritor, seja por transposição de modelos externos. No entanto, declara que a sua maneira é outra, baseada na invenção. Ora, não se estaria ele iludindo, ao admitir nos outros o que não reconhece na sua obra? E não seria a terceira a única verdadeira modalidade de criar personagens válidas? Neste caso, deveríamos reconhece que de maneira geral, só há um tipo eficaz de personagem, a inventada; mas que esta invenção mantém vínculos necessários coma realidade matriz, seja a realidade individual do romancista, seja a do mundo que o cerca; e que a realidade básica pode aparecer mais ou menos elaborada, transformada, modificada, segundo a concepção do escritor, a sua tendência estética, as suas possibilidades criadoras. Além disso, convém notar que por vezes é ilusória a declaração de um criador a respeito da sua própria criação. Ele pode pensar que copiou quando inventou; que exprimiu a si mesmo, quando se deformou: ou que se deformou, quando se confessou. Uma das grandes fontes para o estudo da gênese das personagens são as declarações do romancista; no entanto, é preciso considerá-las com precauções devidas a essas circunstâncias.

Cada traço adquire sentido em função de outro, de tal modo que a verossimilhança, o sentimento da realidade, depende sob este aspecto, da unificação do fragmentário pela organização do contexto. Esta organização é o elemento decisivo da verdade dos seres fictícios, o principio que lhes infunde vida, calor e os faz parecer mais coesos, mais apreensíveis e atuantes do que os próprios seres vivos.
  1. Resumo da Obra
No Romance Sargento Getúlio começa a falar em uma espécie de monólogo/dialogo em primeira pessoa, no presente. Amaro, o chofer do hudso, e o preso são os que ouvem a narração. O preso, orgulhosamente, se recusa a falar (p. 14).Amaro também não diz palavra,preocupado com a péssimas condições da estrada. Temos os preceitos gerais para viagens, observações sobre a viagem atual dos três e, também o relato de fatos do passado. No interior da narração do passado surge o presente,como é ocaso do diálogo (sem quaisquer indicações gráficas) ocorrido por ocasião da prisão de um “comunista udenista” (sic!!!) em um bordel de Itabaianinha.(p.7). Parada para descanso.Getúlio continua a narração, à semelhança do capitulo anterior. Com uma diferença: o preso está amarrado (p.17) e o monólogo/diálogo conta, presumivelmente, com a participação apenas de Amaro. A viagem avança. Chegada à fazenda de Nestor Franco,onde se desenrola toda a ação do capítulo. A situação se complica. A Policia Federal vem buscar o preso e cerca a fazenda de Nestor Franco. Acrisio Antunes, sob pressão do governo central, estudara bem o golpe: Aconselha Getúlio a permanecer na fazenda,informa a polícia sobre o local,nega a ordem de prisão (p.28), acusa Getúlio de desertor (p.47) e lava as mãos. Na batalha, Getúlio degola um tenente. Nestor Franco,ao resistir à ordem de entregar os hóspedes,dá ocasião à fuga de Getúlio, de Amaro e do preso, que, está sem quatro dentes, perdidos em castigo do “caso” a meio coma filha do fazendeiro (p.33 et.seq). A viagem continua depois da batalha na fazenda de Nestor franco ao iniciar-se este capitulo Getúlio, Amaro e preso estão em Japoatã, na casa do “Padre de Aço da Cara Vermelha”, vigário local. Ainda na casa do vigário de Japoatã. Getúlio recebe novos emissários – desta vez pistoleiros – de Aclézio Antunes, com os quais negocia (p.63 ECT. Seq.).Não chegando a uma solução totalmente aceitável – e não tendo os pistoleiros conseguido pega-lo desprevenido e elimina-lo – Getúlio resolve partir com Amaro para entregar o preso em Aracaju. O hudso não tem mais gasolina e a viagem continua a pé (p.69) até Japaratuba,onde Getúlio se hospeda na casa de Luzinete, sua companheira eventual, com a qual recusara casar-se. (p.73). Assalto à delegacia com objetivo de roubar metralhadoras, que não são encontradas. Ainda na casa de Luzinete. Getúlio está encurralado. A força federal cerca a casa, travando-se violenta luta. Morre Amaro e morre Luzinete, esta ao trabalhar algumas bananas de dinamite que poderiam ser utilizadas como bombas. Getúlio, agora sozinho, começa a beirar o delírio. Não só cria uma família (p.84) como ainda organiza um exército ( p.95 et. Seq.), cujo comandante,Capitão Gerardo Bonfim do Cansação, persegue São Jorge pelos descampados do sertão sergipano. Getulio consegue, não se sabe como, deixar a casa de Luzinete, arrastando atrás de si o preso.Desce em uma canoa pelo rio Sergipe chega até a barra dos Coqueiros,onde enfrenta uma força militar que o elimina.Presume-se , do ponto de vista narrativo, que o preso sobreviva.

  1. Análise da personagem
Alguns estudos críticos interpretaram a obra, apontando para um esquema binário no qual se confrontam arcaísmo e modernidade, racionalidade e magia. Malcon Silverman, cuja leitura, embora contribua para a compreensão da obra, limita seu alcance a uma formulação maniqueísta que não deixa de ser redutora: “ Num plano muito geral, Sargento Getúlio é uma luta entre o velho e o novo,entre permanência e mudança, entre beligerância e não violência,entre o rural e o urbano” (Silverman,1981,p.105)
José H. Dacanal (1973) , “Getúlio é um sargento sem mundo porque o universo arcaico em que vive já não tem mais condições de existir e a figura que ele encarna não tem a menor possibilidade de se encaixar na nova proposta de uma sociedade democrática e racional.”
Maria Lúcia Aragão insiste também no fato de que, “incapaz de entender o universo em transição, Getúlio caminha para sua “autodestruição”, impossibilitado de conceber a existência fora da rede de poder na qual está inserido desde muito tempo”.
Zilá Bernd apresenta e traça um paralelo entre a trajetória de Getúlio e defende que o mito de Antígona está na base das complexas relações de poder que se encenam no âmbito do romance e que “ a obstinação do sargento em não acatar a ordem do chefe, corresponde de algum modo à rebeldia de Antígona e sua obstinada determinação em não acatar as determinações do soberano quando estas vêem de encontro aos ditames da sua consciência”.
Se as coisas impossíveis podem ter mais efeito de veracidade que o material bruto da observação ou do testemunho, é porque a personagem é, basicamente, uma composição verbal, uma síntese de palavras, sugerindo certo tipo de realidade.Em Sargento Getúlio,por exemplo, a farda, a faca, as botas da personagem-título ganham sentido, referidos em seu temperamento agressivo, o hudso , as cantilenas e rezas, a efabulação em Amaro, a feminilidade, o amor maternal, a passividade de Luzinete, símbolos respectivos de personalidades. E as três personagens existem com vigor, não só porque se exteriorizam em traços materiais tão bem combinados, mas porque ecoam umas às outras, articulando-se num nexo expressivo.
O Sargento Getúlio no referencial teórico acima citado é apresentado numa dicotomia, entre o novo e o velho, o desmantelamento do universo arcaico em que vive, o caminho inexorável para o fim e a obstinação ferrenha com fito de levar a cabo sua missão. Conduzir o preso até o seu destino, nesta linha de raciocínio podemos visualizar o Homo Fictus e sua similitude com a personagem. Getúlio, come e dorme pouco, vive intensamente as relações humanas, sobretudo as amorosas. Com Amaro;
Ô Amaro, íu, ô fulô, se eu fosse Lampião, tu ia ser Maria Bonita?” (SG, 115).

Amaro torna se o fiel escudeiro de Getúlio, consegue cativa-lo, sendo digno de sua confiança, em seus devaneios e delírios ,Amaro está para Getúlio como Sancho Pança para Quixote. Mas, sem dúvida, é a descrição da morte de Amaro que revela como Getúlio era identificado com ele. Trata-se de um dos momentos mais tocantes no romance. A reação psicológica à morte do companheiro é intensa. O olhar parece ser o elemento através do qual a identificação entre os dois se revela.

E eu. Forcei as vistas dessa forma e não pude nada ver mesmo, só estava sentindo, e apaguei a fogueira da noite com as mão se peguei a cinza que ficou, esfreguei na cabeça e na cara e não quis fazer mais nada por muito tempo, porque fiquei triste e então eu dei um grito ouvido em todo Estado de Sergipe, o chão tremeu e eu sentei de novo.” (SG, 127)1

E nada, de formas que, quando eu consegui acertar dois balaços no infeliz lá, que ele foi desencostando no mourão da cerca, desencostando, desencostando, até que eu vi que era a última desencostada que ele dava na vida, eu espiei de banda e vi os olhos de Amaro.” (SG, 128).



Com Luzinete:

Ela representa para o Getúlio o encontro com o sexo, aceitando e querendo-o nas condições em que se encontra, sujo ,mal-cheiroso, abrutalhado e violento no ato sexual:


É um diabo duma mulher grande, duas braças de mulher de cima para baixo, cinco arrobas de mulher da legítima, no pesado, uma mulher boa e quer que eu faça um filho nela e fique aqui morando, só fazendo mais filho.Eu disse, se eu faço um filho, o que é que eu estou fazendo?Estou é ficando porqui,estou é pensando na criação. E depois me amarro, fico parado e cheio de raiz,não me serve. (SG, 108).

Nesse excerto temos uma das tantas contradições de Getúlio, ele quer constituir família ,inclusive cria uma legião de filhos, todos machos como ele, quando “extrai’ os dentes do prisioneiro , admira sua obra de arte ao ponto de falar para Amaro, que se conseguisse se livrar dessa empreitada iria virar dentista. Veja-se que estas assertivas ao passarem a ideia de acomodamento, calmaria e rotina, são de imediato negadas e o espírito livre ,volta a ser a parte dominante de sua existência.

Luzinete morre durante o cerco da força militar à sua casa. Morreu na explosão de bombas que ela mesma guardara de um homem que vivia amancebado com sua irmã e que trabalhava numa pedreira.

“Sabe vosmecê que minha mulher agora é a lua? Ficou lua quando explodiu com as bombas “ (SG,138)

Getúlio está sozinho, só lhe resta o prisioneiro, adjetivado pejorativamente – peste, coisa, bicho, traste - o qual ao longo do romance não profere uma palavra, e maltratado, tens seu dentes arrancados, sofre as piores privações, a violência e crueldade de Getúlio, revoltam e indignam o leitor, e por mais paradoxal que possa parecer , o leitor se comove com o sua obstinação de levar a cabo sua missão.( Mito moderno das Elite da Tropa – “ Missão dada e missão cumprida”). Há espaço pra a ironia e sarcasmo.

Não ficou bem sem os dentes, a boca de fiofó perfeita e quando a fala saí, sai assobiada. Fica interessante.também não tem tomado banho, deve estar cheio de lêndias na barba e fede bastante. Bom, cada qual vive como quer.(SG,92)


  1. Conclusão

João Ubaldo Ribeiro constrói o mundo de Getúlio rompendo barreiras e destruindo convenções narrativas com tal furor que não é nada fácil organizar o caos, mesmo que este caos seja apenas aparente. Comparado com as demais obras da nova narrativa épica, Sargento Getúlio e a que apresenta o mais acentuado irracionalismo técnico-narrativo.
Getúlio busca seu lugar no mundo, e neste processo e vitimado pelas circunstâncias e desencontros de dois mundos distintos, há sim, audestruição, porém sua essência permanece enraizada como a flora do sertão, como o sol inclemente, causticante, mas não mata a gênese do sertanejo. A origem da personagem, empedernido, seco e duro, cretado e partimentado, dividido, porém convicto de seu lugar no mundo, mesmo ao ser traído e abandonado pelo mandante da prisão e condução do preso, nas mortes de Amaro e Luzinete, mostra o sua humanização ao sentir a dor da perda, e a finitude da solidão.

Na similitude de Getúlio com outros personagens da ficção, nos lembra Zilá Bernd “ É nessa hipótese de que o mito de Antígona está na base das complexas relações de poder que se encontra que se encenam no âmbito do romance e que a obstinação do sargento em não acatar a ordem do chefe, corresponde de algum modo à rebeldia de Antígona e sua obstinada determinação em não acatar as determinações do soberano quando esta vêem de encontro aos ditames de sua consciência.(CM,P.15). Existem semelhanças entre Getúlio e Damião de Terras do Sem Fim de Jorge Amado , ambos jagunços , cumprindo ordens sem titubear, um sem número de mortes nas costas, Damião tem seu inferno existencial, pânico e loucura, e não consegue realizar uma tocaia:
prenderam seus braços, não pode matar. Prenderam seu coração,ele tem que matar... pelo rosto negro de Damião choram os olhos azuis de Dona Teresa... A mata se sacode em riso, se sacode em pranto , a bruxaria da noite rodeia o negro Damião. Ele sentou no chão e chora mansamente como uma criança castigada.”(TSF,80).

Getúlio também sofre , berra , sonha delirante e megalomaníaco, briga com tudo e todos, e sua humanização está na verossimilhança dos fatos narrados, a obstinação em cumprir seu fado e levando em frente ,mesmo sabendo da proximidade da morte e do fim. Na referência ao seu homônimo famoso Getúlio Dornelles Vargas , Presidente Brasileiro, que cometeu suicídio, visto o isolamento no poder, nos deixa no legado de sua carta-testamento (deixo a vida para entrar na História)grifo nosso. Getúlio Santos Bezerra, personagem emblemático, vigoroso, instigante(deixa a estória para entrar na vida da literatura brasileira).

Deixemos que ele reafirme sua identidade:

eu sou eu.meu nome é um verso: Getúlio Santos Bezerra, e de vez em quando eu penso que, não tendo ninguém melhor do que eu, tudo que pode me acontecer é melhor do que os outros”. “ e meu nome é um verso que vai ser sempre versado e se tem lua alumia e se tem sol queima a cara”


Bibliografia

RIBEIRO, J.U. Sargento Getúlio.Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1982

SHAKESPEARE, W.Hamlet. Tradução de Millôr Fernandes.Porto Alegre,1999

CANDIDO, Antonio. A personagem de Ficção

DACANAL, José Hildebrando. A nova narrativa épica

BERND, ZIlá – O caminho do meio, Editora UFRGS,Porto Alegre, 2001

AMADO, Jorge – Terras do sem fim , Rio de Janeiro,1978











































































JOÃO DE DEUS VIEIRA ALVES
















       Sargento Getúlio, uma personagem no mundo em busca de razões.






























2011

sexta-feira, 1 de maio de 2020

SONHOS



Esta saudade me mata
Esta vontade te guia
Esta loucura nos lucida

Corremos em busca do nada
Nada me assusta
Tudo te apavora

Tu és o universo
E eu o inverso
Somos metade

Leva-me a razão
Tomo teu juízo
Amamos o incerto

Espero inquieto
Calado eu me dano
Suando frio ...Acordo!

JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES











FRAGMENTOS DE UMA PEQUENA VIAGEM




Chiado de pneus, no asfalto molhado

Vidros embaçados, lágrimas geladas em
desabalada carreira, formando junções em "Y"

Fone de ouvido, sombrinha úmida
Apertos, empurrões, exclamações de fúria

Um flerte em meio ao caos
_ Que horas são?

E o mergulho profundo no lago azul
deixando no ar, um mar de promessas

Fim da linha.Acorda!^


JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES