quinta-feira, 1 de novembro de 2012

BICHOMEM

A poesia de Manuel Bandeira abandona os  meios acadêmicos e fere os olhos  dos professores e alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, chaga aberta na calçada da Oswaldo Aranha, esta é a Casa Lar do BICHOMEM. 
                                       
                                       



Bichomem

O homem é bicho

o homem é lobo do homem

bicho-homem, homem-bicho

resto dos restos, dignidade perdida,

perde o nojo, vive o gozo

mata a sede, sacia a fome,

a sombra do ontem

do que foi já não lembra

sem roupa, sem teto, sem nome,

se foi o amor próprio, só restou vicio e esquina

solidão e desprezo, a rua é seu lar.
JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES















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