segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Discurso de Formatura do Curso de Oficias do CBA- 2005

Academia de Polícia Militar















 Aos concluirmos esta etapa da caminhada de nossa vida funcional, é chegado o momento de refletirmos e termos em mente a dimensão de tão importante passo dado para alcançar os objetivos traçados.
     Como seres pensantes e inseridos no contexto da sociedade, enquanto cidadãos e policiais militares é mister que saibamos, que na dinâmica da vida, o mundo se transforma a cada instante, e quem não estiver preparado para isto sucumbirá no vazio escuro da ignorância, despreparo e comodismo.
     Somos do tamanho de nossos sonhos, e sonhar é fazer; os planos são feitos e refeitos, mas os sonhos devem ser sempre e cada vez mais realizados.
     Quando se é lançado ao desafio caminho espinhoso precisa ser calcado passo-a-passo: se a higidez física, as vezes, é claudicante, a jovialidade de espirito é compensadora, e a experiência de quem possui nos sulcos das mãos e rostos, arraigado o mais puro sentimento brigadiano, isso é o bálsamo e a certeza que as pedras do caminho, são meros obstáculos a serem vencidos, para os que sabem  para onde marcham, sem nunca perder o foco de seu destino.
       Viemos dos mais diversos rincões dos Estado, trazendo mochilas de esperanças, e o brilho nos olhos que somente os vencedores possuem, tivermos perdas nos caminho, em vista do fatalismo da vida, e quem teve sua caminhada interrompida pelos desígnios de um ser maior, terá sempre lugar nos nossos corações, e tocaremos nos escaninhos da mente um silêncio eterno com o clarim d' alma.
      Agradecemos ao ser de luz que iluminou nosso caminho, Arquiteto dessa transformação, e nesse sincretismo de credos, convergindo para que a fé sempre falasse mais alto e fosse o porto seguro nas horas de dificuldade e dor.
      Aos Pais que ao assumirem a responsabilidade de gerar novas vidas, regar e cuidar dos reveses da vida, são também atores dessa transformação, e ao término dessa jornada, queremos com simplicidade de filhos retribuir singelamente, este Amor.
         Aos colegas, todos nós sabemos que o que importa nesta vida é mais do que ganhar sozinho , é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir o passos e mudar de curso, cada pessoa que passa em nossa vida é única, deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Até sempre, e a certeza do reencontro eterno.
               Aos Instrutores e professores, nosso agradecimento e profundo respeito, àqueles que na medida de nossa capacidade e potencialidade nos auxiliaram na busca de conhecimentos e realizações, somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos.
          Aos Familiares, quantas lágrimas sufocadas em silêncio, quantas queixas, sofrimentos e desânimo. E nesses momentos, suas palavras, colo e ombro amigos, foram o barco que nos reconduziu de volta ao caminho para que a vitória fosse descortinada diante de nossas vistas.

            Por fim , queremos deixar uma mensagem de esperança e fé : " Não esbraveje diante das trevas, procure acender uma luz",(Confúcio) e lembrem sempre "que existem pessoas que lutam um dia e são boas, existem pessoas que lutam  um ano são muito boas, existem pessoas que lutam vários anos e são melhores, mas há aquelas que lutam toda uma vida, estas são imprescindíveis." (Berthold Brecht)
JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

A Senha

     
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As instituições militares por medida de segurança ao aquartelamento, principalmente à noite, adotam sistemas de códigos e palavras que ficam restritos a efetivo de serviço, conhecidos como "senha" e "contra-senha".No Centro Preparatório de Oficiais da Reserva, havia um Cabo mecânico, que tinha o apelido de “Lagarto”, ao ser caracterizado por algumas atitudes, tais como: tirar uma "siesta" ao sol após o almoço e ter muita semelhança com o réptil. Queria ver o homem furioso era chamá-lo pelo apelido, sabedores disso, a recrutada, fazendo voz em falsete, se escondia pelos cantos do quartel, se mijavam de tanto rir, com o Cabo que fulo da vida, proferia toda a sorte de impropérios aos gozadores.


Certa noite o nosso personagem estava escalado de Cabo da Guarda, o Sargento Adjunto, sabatinou a Guarnição que estava perfilada.
_ Bem pessoal, qual é a senha?
_ Cobra, responderam em uníssono.
_ E a contra-senha?
_ O Cabo da Guarda, respondeu um recruta.
_ Lagarto, é a puta que te pariu, recruta de merda,fiadaputa.


Foi a muito custo para acalmar o Cabo véio que espumava de raiva.Enquanto o recruta virava em pernas, em direção ao mato existente nos fundos do Quartel.
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domingo, 19 de janeiro de 2020

A proposta

   
Mercedes Benz 1113 Cerveja Artesanal Caminhões Brasileiros











Quero neste causo prestar uma grande homenagem àqueles que tive como "professores", quando cheguei no valoroso   9º Batalhão de Policia Militar
Batalhão  "Voluntários da Pátria":
     Pois bem, naquele tempo servia  no Batalhão, um Sargento bravateiro e contador de estória, sempre levantando vantagem, até que um dia ele nos contou uma que ele presenciou numa das tantas rondas da vida. Mês de Janeiro comendo solto, quarenta graus à sombra, o brigadiano, mais de seis horas em pé, os coturnos parecendo uma fornalha, o fardamento grudado no corpo, ele alí firmão, sem frouxar o garrão.Lás cansadas, numa averiguação, avistou um caminhão de bebidas estacionado em local não permitido. Aproximou-se do caminhão e percebeu que era um caminhão carregado de cerveja.Chegou calmamente ,olhou ao redor, e percebeu qua a placa traseira estava encoberta, tapada de barro, foi logo indagando ao motorista:
      __ Tchê, tá com a placa coberta , vô té que multá, além de estacionar em local proibido.
      O motorista dando a entender, que iria dar uma proprina ao "seu guarda", falou:
      ___ Autoridade. Piscou o olho,e falou baixinho. _ Duas cervejinhas não limpam esta placa?
      ___ Mas claro que sim. Quase gritou o brigada, com a lingua grossa, a garganta seca, antegozando o prazer de uma ceva, que mesmo quente trocaria por duas geladas, em algum bar existente na rua, pois era conhecido de todos.
      O motorista subiu na carroceria do caminhão, apanhou duas cervejas, desceu, foi até a cabina, apanhou um pano , destampou as duas cervejas, empapapou o tecido com aquele líquido precioso, e limpou o barro da placa, deixando ela lustrosa, embarcou, ligou o caminhão e se mandou " a la cria, deixando o brigadiano, mais suado, sujo de fuligem e puto da cara.


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segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

O CANTOR

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Em 1981, no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva na cidade de Porto Alegre, estávamos no período de adaptação como recrutas, instrução noite e dia, pernoite, exercício de vivacidade, o escambau.
O Sargento Disciplina  do nosso Pelotão, recém chegado da Amazônia, onde fizera um curso de Sobrevivência na Selva, chamado carinhosamente por nós de “Vicentão, o Selvagem”.
Mês de Janeiro comendo solto, duas horas da tarde, quarenta graus e pico à sombra, sol cozinhando o cérebro e derretendo tudo pela frente.
O Pelotão em forma, no pátio do Quartel, quer era nada mais nada menos do que, uma quadra coberta de piche, singelamente chamado de “Pista de Neve”, amochilados e equipados, capacete de aço e toda a tralha para combate ,suávamos em bicas. Em posição de sentido, o nosso “amável” Sgt, determinou que cantássemos o Hino Nacional. Começamos a entoar o hino, e o homem nos fuzilando com os olhos e fiscalizando, porém ao chegar perto do negão Gelson, notou que este não cantava. Rangendo os dentes o selvagem perguntou:
_ Por que não estás cantando, estrume!?
_ Por que eu só não manjo, esse “fado”.
_ PORRA TCHÊ!!!_
O Vicentão saindo dos coturnos, berrou tão alto que chegou a estremecer a Torre de comunicação no alto do Morro do Batalhão de `Policia do Exercito, nos fez pagar até cair a noite, além de deixar o negão descansando o fim-de-semana decorando o “fado”.

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Froid explica...


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   Cuidado, mas muito cuidado mesmo ao emitir conceitos definitivos, pois corremos o risco de mais cedo ou mais tarde sermos vitimas de tais colocações (sic).
        Nos bancos escolares das instituições militares, os instrutores são nomeados por sua competência e amplo domínio dos assuntos afins.
           Pois bem, tínhamos um instrutor de Legislação de Transito que era o “cara”, o kid, mas quando enveredava para área da  psicologia ai ele se perdia e eram os momentos mais hilários da aula. O “start” para tal relato, dá-se no momento que a principal causa de perturbação do sossego alheio são esses famigerados carros rebaixados, som no talo, musica de péssima qualidade, geralmente só o motora, ou por outra cheio de caras, sem uma mulher, e nestes tempos do politicamente correto, não se pode nem coloca-los no portas malas, a fim de refletirem e escutarem melhor os seus “hit” ate sangrarem pelos ouvidos  com os tímpanos estourados.Mas sigamos...
O nosso famoso instrutor ao exemplificar casos das verdadeiras barbaridades cometidas nas ruas ceifando vidas, foi buscar na sexualidade razoes para justificar esse mecanismo de compensação, afirmando que muitos motoristas, tem no carro representação fálica , ou seja , quanto maior o carro, camionete ,menor o tamanho do membro sexual. Deixemo-lo explicar “ Olha aqui gurizada, estes caras com som alto , camioneta, tem tudo o pau pequeno , isto quando não forem broxas”
          Belo dia ele chega atrasado e adentra o pátio, dirigindo uma flamante camioneta cabina dupla , musica gauchesca muitíssimo  alta, e não tinha como escapar, o único jeito era passar defronte a tropa que estava em forma,sendo pastilhada pelo disciplina do curso.
Na sala de aula aquele silencio sepulcral , ele com sua tonitruante voz de trovão, sem ao menos dar bom dia, lascou “___ Nem vem seus “fiadaputas”, sei o que vocês estão pensando , este carro não é meu , é da minha mulher, o meu é um “Fiat 147”, todo fodido que nem radio tem

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O Saxofone do Saldanha


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Dizem que a gente começa se dar conta que o tempo está passando, é quando estamos em férias na praia, e as primeiras coisas que nos procuramos são onde há uma farmácia e locadora de filmes, ou quando começamos a encontrar o pessoal da nossa turma em velórios de colegas ou na sala de espera de consultório médicos.
   Com este introito, passo a falar deste colega que vi estes dias num desses lugares, já alquebrado pelo tempo.  Ele tinha duas características primordiais, era um músico excelente e um glutão também não menos excelente.
O Saldanha tocava na Banda da Brigada Militar, o seu instrumento era o Sax barítono, às vezes, após alguma tocata o pessoal parava para fazer uma boquinha (bom, aí era pior que gafanhoto em lavoura, não sobrava pedra sobre pedra).

Na recepção de um embaixador de um país estrangeiro, eles foram convidados para ficar no coquetel, o Saldanha após se empanturrar, encheu os bolsos e o saxofone de salgadinhos.

O anfitrião querendo afazer agrado no visitante, solicitou se algum integrante da Banda poderia fazer um solo intimista para o embaixador.

O Mestre prontamente atendeu e determinou que o Saldanha fizesse um solo ao Saxofone.
      As autoridades sentadas expectantes, canhão de luz no Saldanha, já meio zureta, ele tenta a primeira nota e...nada.

            Sem se fazer de rogado ele vira o Sax e caem nos pés das autoridades, todas as variedades de salgadinhos e canapés, com a cara de quem nem tava aí, lascou: “Amigos para siempre..pápapapapapa

Que baita músico era o Saldanha e como comia!!!

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quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Preconceito


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          Entro esbaforido no elevador do prédio do curso pré vestibular,após subir correndo três quadras em aclive, antes de solicitar o número do andar, com a mochila às costas, abarrotada de livros, a ascensorista, tentando ser cordial , fala:
             - Que bonito, o filho chegou atrasado, e o pai veio trazer a mochila.
   Já com o fôlego parcialmente recuperado , e a dor no peito minimizada, explico que sou eu o estudante,já com o pé na saída do elevador.
          - Eu também tenho um irmão que era vagabundo, e resolveu estudar depois de velho, grita a pleno pulmões .
              Ecooa pelo corredor, a observação da ascensorista.

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Ou não, né? Humor


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             No Campus do Vale da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,às sextas-feiras no intervalo do meio-dia, havia apresentações de músicos, com atrações variadas como pop, rock, sertanejo universitário e a febre do momento o samba-rock. O palco era montado ao lado da livraria Zouk espaço Arteplex Unibanco, próximo ao Instituto Confucio sendo a platéia composta por alunos fatigados e famintos que se arrastavam na fila do “Restaurante Universitário”,  os "bixos" e as  "bixetes" rindo à toa, ( claro que para os das Exatas antes da prova de Calculo I e  das Letras/Literatura antes da prova de Lingüística) e os funcionários da firma prestadora de serviço da Universidade.
              Pois, num desse dias  apresentava-se uma banda amadora , cantando composições próprias e outras conhecidas; e em razão do tempo chuvoso o seleto público contava com cinco ou seis negrões fortes, após terem almoçado ficaram matando tempo fumando sob a marquise, protegendo-se do frio.
O vocalista da banda, tentando animar o show, após anunciar que iria tocar uma balada romântica, olhando para onde os caras estavam, lascou essa frase:
_ Esta vai para os casais apaixonados dançarem de rosto coladinho.
Os negrões se entreolharam e encararam com cara de poucos amigos, para o cantor, como a dizer: (Ta me estranhando, mano!? Qual é?!!!)
O cantor percebendo a gafe emendou: _ Ou não, né?. E encerrou o show.


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quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Trocadilho Infame

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         No Curso ocasião da Formação da Primeira Turma de PM Femininas na Brigada Militar, foi designado para substituir o Titular da Disciplina de Higiene e Primeiros Socorros, um Sgt Aux de Veterinária, omito o nome a pedido, e “ como quem tem horta, não deve couve”, dizia com sabedoria Dona Maria.Estavam as alunas compenetradas e atenciosas, a instrução desenrolando-se dentro da normalidade e preceito. Enfocando temas sobre: Desmaios, atendimentos a feridos, acidentes domésticos, animais peçonhentos e venenosos, etc.
         Após toda a explanação o nosso glorioso e festejado instrutor, encerrou sua peroração, pigarreou forte querendo fazer uma frase de efeito, para ficar nos anais da instituição, com esta pérola da nossa língua mãe: E dizer que saí de dentro de uma de voçês, e lembrem-se sempre, gurias, para “picadura” de cobra o melhor é remédio “mascar alho”.A assistência com atônita e aparvalhada, não sabia se permaneciam sentadas ou fugiam da sala de aula.





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terça-feira, 7 de janeiro de 2020

PARA ALGUÉM



A dependência é algo que não devemos tratar com indiferença pois sufoca e leva cada vez mais, a um poço sem fundo.

Todo o tipo de vício, é por si só, degradante e inumano.
O bem maior, que nos é facultado. A LIBERDADE!

Não pode ser vilipendiada, ursupada, por quem há de zelar por ela, em primeiro lugar, nós próprios.

Sejamos felizes, dentro do que é possível, salvaguardando, a carga, a cruz que carregamos!

A luz no fim do túnel, é tosca, tênue, mas se conseguirdes rastejar sobre os joelhos, e teus dedos trêmulos segurarem esta réstia, terás salvação.

FORÇA, AMIGO !
JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES


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