Lá vem eles
dos becos, dos guetos
moleques esqueletos
bons de bola, gingando
sambistas pacholas
Lá vem elas
das ruas, vielas
cinturas pequenas
cabrochas morenas
Encontram-se no largo
Cheiram, fumam
Cantam, batucam
Sócios no vício
Crianças... apenas
dos becos, dos guetos
moleques esqueletos
bons de bola, gingando
sambistas pacholas
Lá vem elas
das ruas, vielas
cinturas pequenas
cabrochas morenas
Encontram-se no largo
Cheiram, fumam
Cantam, batucam
Sócios no vício
Crianças... apenas
Nome: Filho das ruas
Idade: qualquer uma entre zero e quinze anos
Cor: Todas imagináveis (tendência para a roxa...
de frio ou amarela de desidratação)
Sexo: ambos, a indiferença é a mesma
Mãe : Desiludida da Silva
Pai: Zé ou João, alguém que passou (alcoólatra desconhecido)
Cabelo: Desgrenhado, sujo, cheio de piolhos
Olhos: Esperançosos, fugazes, remelentos e opacos de fome e vício
Nariz: Quebrado, ranhento e cheio de feridas
Boca: Torta, lábios grossos, segurando baganas de cigarros
Dentes: Poucos, cariados e amarelados pela nicotina
Profissão: Pivete
Esporte: Quebrar vidraças, correr da Policia
Prato predileto: Restos de lixo
Sapato: Quando tem, é roto e seu couro com a sola rachada
Cama: As ruas da cidade, sarjetas e esgotos
Cobertas: As manchetes do mundo e a lua
Futuro: Incerto
Idade: qualquer uma entre zero e quinze anos
Cor: Todas imagináveis (tendência para a roxa...
de frio ou amarela de desidratação)
Sexo: ambos, a indiferença é a mesma
Mãe : Desiludida da Silva
Pai: Zé ou João, alguém que passou (alcoólatra desconhecido)
Cabelo: Desgrenhado, sujo, cheio de piolhos
Olhos: Esperançosos, fugazes, remelentos e opacos de fome e vício
Nariz: Quebrado, ranhento e cheio de feridas
Boca: Torta, lábios grossos, segurando baganas de cigarros
Dentes: Poucos, cariados e amarelados pela nicotina
Profissão: Pivete
Esporte: Quebrar vidraças, correr da Policia
Prato predileto: Restos de lixo
Sapato: Quando tem, é roto e seu couro com a sola rachada
Cama: As ruas da cidade, sarjetas e esgotos
Cobertas: As manchetes do mundo e a lua
Futuro: Incerto
- Algumas pitadas de marginalização, entradas em entidades de bem-estar; sevícias e estupros, a ira despertada e ninguém segura mais. Ora quem se importa com esta pestinha, meio aborto mal sucedido
- Que se Foda!!!
- Venderá jornais, balas, doces e nos sinais quebrará o pára-brisa de carros, roubará bolsas de senhoras, “damas da alta sociedade”,escandalizadas.A inocência será de imediato trocada pela violência que faz parte da neurose urbana
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMais uma vez revejo este prosopoema, que é o meu predileto de tua lavra publicada nas Antologias brigadianas em prosa e verso. Mais uma vez parabéns pela subjacente indignação que produziu a obra poética e permitiu que o teu alter ego - porque só este produz o poema, nunca o ego - lavrasse para a posteridade a correta postura crítica sobre a injustiça social e suas sequelas. Abraços do poetinha Joaquim Moncks
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